Relacionamento com Deus

CONSTRUINDO UM AUTÊNTICO RELACIONAMENTO COM DEUS

O que esse artigo apresenta para você:

  1. Introdução: relacionamentos horizontais
  2. Relacionamento Vertical: nossa comunicação com o Eterno
  3. Como acontece esse relacionamento
  4. O Canal Maior: Jesus Cristo
  5. Conclusão

INTRODUÇÃO

  • Pode haver um relacionamento autêntico, profundo e sincero sem uma imersão?
  • Como posso desenvolver um relacionamento sincero e saudável com o outro?
  • É possível existir um relacionamento do material com o imaterial?
  • Você acha que pode haver interesse de um Ser Superior em relacionar-se com um ser inferior: no caso Deus com o homem?
  • Se há essa possibilidade de relacionamento, como ela poderia ser?
  • Como posso subestimar a influência de Deus na minha vida?

“NÃO FOMOS CRIADOS PARA VIVER SÓS.”

Relacionamento com Deus
Crianças brincando em um riacho

Essa frase pode até ser quase um jargão, mas não deixa de ser totalmente real e praticamente insubstituível, pois ela traz a essência do que é ser um humano.

Relacionamento é uma necessidade humana e um dom que foi dado ao homem. E nesse dom estão envolvidos:

  • o amor,
  • a simpatia,
  • o respeito
  • e a confiança.

Um relacionamento autêntico evoca: imersão, envolvimento, doação. É compreender a realidade do outro ser, é conseguir colocar-se no lugar do outro, entendê-lo. É incluí-lo em nossa realidade, é imergir na realidade dele. É uma herança divina. A genética do Criador em nós, seres humanos.

E a capacidade de nos envolver com o outro se dá através de um diálogo que construímos através de experiências, vivências e a maneira como vemos o mundo e de como estamos nesse mundo.

Sim, aquilo que construímos dentro de nós mesmos e ao nosso redor nos favorecerá, ou não, em nossas relações. Por isso, quando buscamos um melhor relacionamento conosco tendemos a construir uma experiência muito mais rica com outros.

Relacionamentos horizontais:

A capacidade de experienciar o outro, conseguir se colocar no lugar dele é uma característica saudável da personalidade. E só conseguimos esse objetivo quando nos despimos de nós mesmos e trabalhamos o nosso ‘interior’ na busca de um caminho que conduza a isso.

O relacionamento humano, porém, não é só horizontal, mas também vertical. Necessitamos dessa experiência espiritual.

Assim como a criança que desenvolve a empatia, ou condição de se colocar no lugar do outro, somente quando está mais amadurecida, também necessitamos buscar esse amadurecimento no relacionamento com Deus.

Pela contemplação somos transformados. Isso também é uma realidade.

E a Palavra de Deus, através de Paulo escrevendo aos cristãos de Corinto, nos diz o seguinte a respeito: “E todos nós, no entanto, não temos um véu sobre o nosso rosto e podemos ser espelhos que refletem claramente a glória do Senhor. À medida que o Espírito do Senhor trabalha dentro de nós, somos transformados com glória cada vez maior, e tornamo-nos mais e mais semelhantes a Ele.” (II Coríntios 3:18 NBV) Em outra versão bíblica – NTLH – esse mesmo verso pode ser lido assim: “Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.”

RELACIONAMENTO VERTICAL

Mas como podemos como seres materiais buscar um relacionamento autêntico com Deus, que é um Ser Espiritual?

Aí está uma grande dificuldade para a nossa mente entender, pois foi educada somente para as coisas materiais.

No entanto, Deus conhecendo o homem e de como a nossa cultura materialista influencia nossa mente, providenciou um meio para que pudéssemos ter um relacionamento com Ele, e entender como Ele deseja que esse relacionamento seja autêntico, profundo e cheio de significado, não algo distante como um Deus no céu e nós aqui na terra. Não algo superficial e passageiro, mas um relacionamento muito próximo e contínuo.

Ao contrário de nós, seres humanos, Deus é um Ser pleno, por isso, Ele consegue imergir em nós, a fim de se relacionar conosco. A maior evidência disso foi quando o Deus Filho se tornou “homem e habitou entre nós”. Essa foi a maior prova do céu de que deseja um relacionamento profundo e próximo com a humanidade. “Aquele que é a Palavra tornou-se um ser humano e morou aqui na terra entre nós, cheio de graça e de verdade. E vimos a sua glória, a glória do Filho único do Pai Celeste!” (João 1:14 NBV)

Nossa comunicação com o Eterno:

No entanto há entraves que podem impedir um avanço nessa relação, e um desses são as ‘conservas culturais’, termo usado por José Fonseca Filho, que é o armazenamento da cultura de uma sociedade.

” As ‘conservas culturais’ permitem o desenvolvimento tecnológico e a ‘conquista’ do mundo. Porém, o homem já não ‘cria’, não se ‘relaciona’, não se ‘encontra’ – só observa, ordena, copia, utiliza, dispõe. … Está escondido atrás de suas obras. “ (Psicodrama da Loucura, José S. Fonseca Filho)

Em um momento em que tanto se fala de IA, parece que estamos sendo treinados para agir como se fôssemos robôs. Nada de relações profundas, nada de buscar por nós mesmos, nada de envolvimentos, nada de uma busca em criar laços, nada de criar condições e meios saudáveis para um relacionamento, nada de conquistar o outro. São apenas dados, aparências, relacionamentos virtuais, acontecimentos sociais passageiros. Um CTRL C e CTRL V relacional.

É uma geração que observa o superficial, ordena a vida de maneira superficial, conquista o superficial, e se confunde com o superficial.

Ao falar em educação acadêmica ideal, deve haver dois polos (mestre e discípulo) onde os dois encontram realização, se conectam. E o mestre deve preparar seu aluno para um relacionamento autêntico com outros indivíduos, uma conexão que o tire de uma experiência individual e o leve para uma coletiva.

E foi exatamente isso que o céu propôs quando Cristo veio a esse mundo viver como um de nós. Mestre e discípulo numa relação entre indivíduos, numa conexão ampla e profunda capaz de mostrar ao homem, o amor e envolvimento de Deus com a humanidade, e essa relação deu origem a um vínculo sem precedentes, a uma intensa comunicação, capaz de restabelecer a comunhão divino/humana: um relacionamento autêntico com Deus.

Mas para isso deve haver um confronto entre o homem e o Criador, um ‘olhar no olho’, um momento, um encontro, um ‘sair de si’, uma espontaneidade na relação para que o divino e o humano se encontrem.

COMO ACONTECE ESSE RELACIONAMENTO

O canal para esse tipo de relacionamento com Deus é a mente.

É ela que nos capacita a entender e a contemplar.

Deus pode nos falar de forma audível ou por impressões. Ele nos fala através dos aprendizados ao longo da vida (experiências boas ou ruins), fala por lições espirituais (através do Seu Espírito), pela natureza, pela Sua Palavra (a Bíblia).

“Temos a tendência humana de nos conformar com conceitos aprendidos e absorvidos, através de nossa cultura, experiências e crenças. Mas não procuramos uma vivência adequada da espiritualidade. Não buscamos conhecer Deus realmente. Não procuramos torná-Lo real. Contentamo-nos com as formas apresentadas. Contentamo-nos com um deus que pode se encaixar em nossas paixões, nossos desejos, nossos sonhos, em nossa realidade egoísta, mas não buscamos a imagem do Deus real, do Deus que deseja se comunicar conosco e nos mostrar Seu profundo amor por nós. Não o amor que conhecemos, manchado, que perdeu sua pureza, mas um amor puro, desmaterializado que transcende nossos limites humanos, porém, que está disponível a nós. Só compreenderá realmente esse amor aquele que o buscar verdadeiramente, despojado ao máximo do campo terreal e aventurar-se no campo espiritual. Não um ‘espiritual humano’ repleto de deuses para satisfazer nossas paixões, mas na dimensão em que só Ele poderá nos levar.” (A “Loucura’ de Deus)

O escritor bíblico e apóstolo de Cristo – Paulo – na primeira carta que escreve ao povo de Corinto diz assim: “Entretanto, o homem que não tem o Espírito não pode entender nem aceitar esses pensamentos que nos são ensinados pelo Espírito de Deus. Parecem-lhe loucura, porque só aqueles que têm o Espírito Santo em si mesmos é que podem compreender o que só pode ser entendido de maneira espiritual. O homem espiritual, porém, tem a percepção de todas as coisas, e isso incomoda e confunde o homem do mundo, que não pode de maneira nenhuma entender o homem espiritual, pois ‘quem conheceu a mente do Senhor? Quem poderia ensinar alguma coisa ou dar conselhos a ele?’ Mas nós possuímos efetivamente a mente de Cristo.” (I Coríntios 2:12-14 NBV)

A Palavra de Deus:

E é através de Suas Palavras que Ele deixa claro para nós quem Ele é e quais Seus planos para nós.

A Bíblia é a fonte de comunicação mais clara entre Deus e o homem. Ela revela Seus conceitos, princípios, vontade e planos. Ela revela o Reino dos Céus. Revela os mandamentos de Deus para a humanidade. Revela o princípio de todas as coisas e também o juízo de Deus sobre pecado e pecadores. O fim do mal e o início de um novo tempo sem a marca desse mal.

Deus também mostra ao homem Sua mente criativa através da natureza. Revela a Sua mente matemática e física através dos limites que impôs às ações climáticas, da perfeição dos formatos e dos movimentos das coisas, e como tudo é calculado com perfeição e tem sua lógica dentro do espaço que ocupa. Sua mente científica cuidou para que tudo funcionasse perfeitamente dentro de um sistema biológico minucioso e fazendo com que cada ser dependa um do outro. Deu ao homem um ecossistema perfeito que o permite viver bem e saudavelmente, se ele souber usá-lo. O que permitirá também, um relacionamento autêntico com Deus.

Enfim, Ele deu ao homem a capacidade de compreender tudo isso. É um canal que necessita ser estabelecido pela razão (capacidade de raciocinar) e pela consciência (o olho espiritual). Essas duas capacidades necessitam andar juntas. E é a influência de Deus através da nossa consciência, que torna saudável a razão. (Simples Demais – Thimothy R. Jennings)

O CANAL MAIOR

Mas Deus nos fala também pelo Seu Filho – Jesus Cristo. E essa é a maior demonstração de Seu interesse em se comunicar, em se relacionar conosco, seres humanos.

“Deus buscou a compreensão do homem sobre a Sua pessoa desde o início dos tempos. Depois de Adão nenhum homem mais pode ver Deus em Sua pureza e glória. Eles conheciam a visão de Adão sobre Deus e não a sua própria, na realidade. Eles viam um Deus que Adão descrevia. Deviam crer, mas até que ponto se Adão, que vira Deus em Sua glória e formosura havia resvalado seu pé do caminho desse Deus do qual ele tanto falava? … Aí começa a saga do homem à procura de Deus, e seus infindos questionamentos. E de acordo com a visão de homens, de comunidades, de povos com interesses diferentes, culturas diferentes, baseando-se na sua própria experiência de Deus procuraram fazer imagens que representassem o Deus ou deuses que queriam ou necessitavam acreditar. O homem sempre procurou Deus e na sua ânsia de encontrá-Lo, de torná-Lo real, buscou explicações dentro daquilo que ele podia ver, ouvir e sentir. Na verdade, o homem, ao longo dos tempos baseou Deus em seus sentidos e o que fugiu disso não entrou em sua mitologia.” (A ‘Loucura’ de Deus)

Jesus Cristo:

Foi então que Deus enviou Seu Filho aqui para este mundo para que este pudesse entender quem Ele realmente era. Cristo mesmo disse: “Quem me vê a mim vê o Pai.” (João 14:9 ARA)

Andando entre os homens e com os homens, participando de suas dores e angústias, chorando com eles, entendendo suas necessidades (porque passou necessidades também), curando, ensinando, foi que Ele mostrou à humanidade Seu amor e interesse em comunicar-se de uma forma muito mais intimista e real com a humanidade.

Jesus Cristo foi o maior e mais bem sucedido canal do céu para alcançar o homem e desenvolver um relacionamento autêntico com Deus.

“Não o teremos, porém, se não o buscarmos despojados de todo o nosso conhecimento, costumes, cultura, interesses pessoais e de nós mesmos.” (A ‘Loucura’ de Deus)

E a maneira de subestimar a influência de Deus na nossa vida é não aceitando crer em Seu Filho, e que Ele foi o canal usado pelo céu para aproximar-se do homem pecador, destinado a sofrer as consequências que o pecado havia imposto sobre este mundo.

CONCLUSÃO

Portanto, ao se aproximar de nós – ao buscar um relacionamento autêntico com o homem – Deus usa métodos que podem ser entendidos por nós.

Tudo o que Ele colocou neste mundo foi para o homem, a fim de que este pudesse entender Seu amor e interesse por ele.

Ele usa nossa capacidade mental para que entendamos tudo isso e deseja que usemos nossa capacidade racional e espiritual – aliadas – para que nos aproximemos Dele.

E por fim, toda relação necessita de comprometimento, doação, dedicação e às vezes sacrifícios, de ambas as partes, para que possa dar certo esse relacionamento. Deus já fez a Sua parte em sacrifícios dando o Seu Filho Unigênito para morrer pelo homem e dar salvação a todo aquele que crer Nele.

Jesus Cristo veio a este mundo para sacrificar-se em favor da humanidade a fim de que Deus e o homem pudessem ser amigos.

Quer saber mais sobre esse assunto?

Sugiro a leitura do livro: A ‘Loucura’ de Deus.

Um abraço

Ivanise

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Ficarei imensamente feliz em saber que mais pessoas puderam aproveitar esse assunto!

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Uma história empolgante que também fala de relacionamentos, na parábola do Filho Pródigo.

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