O QUE É AUTOCONHECIMENTO?
AUTOCONHECIMENTO
Você sabe qual a importância do autoconhecimento e como ele pode te ajudar:
- Na vida pessoal
- No seu relacionamento com outros
- Na sua saúde
- No seu bem-estar como um todo?
Confira o que trazemos para você neste artigo:
1) AUTOCONHECIMENTO
1.1 O que é
1.2 A coletividade
1.4 A minha saúde mental, física e espiritual
1.6 Conclusão
1.1 O que é Autoconhecimento?
Que respostas você daria a essas perguntas?
- Como tolero os momentos de crise?
- Como interpreto as reações das pessoas?
- Como encaro os acontecimentos à minha volta?
- Qual a minha reação diante das decisões das pessoas ao meu redor?
- Qual a minha atitude quando preciso tomar uma decisão rapidamente?
- Que lugar ocupo no espaço em que vivo?
- Quem eu sou realmente?
Se você busca essas respostas, você é uma pessoa preocupada em conhecer a si mesmo. Esse processo também é chamado de autoconhecimento ou autognose.
Mas o que vem a ser isso realmente?
Como posso encontrar respostas às perguntas que faço a mim mesmo?
O autoconhecimento ou a busca de si mesmo proporciona ao ser humano a compreensão de sua identidade, dá um propósito e realização à vida.
Há muitas pessoas ativas socialmente, altamente produtivas, íntegras, mas que não sabem quem são ou que sentido dar à vida.
Buscar um conhecimento de nós mesmos e de como atuamos no mundo é de suma importância para um equilíbrio em nossa maneira de ser.
1.2 A Coletividade
A competitividade, o status, a produção em alta escala, a concorrência, a valorização extrema do indivíduo – e ao mesmo tempo, desvalorização, os valores implementados pelas mídias sociais, o homem como centro do seu espaço e a supervalorização do EU no meio social, são contribuições para a perda de uma identidade.
Onde o coletivo é mais importante, o indivíduo como ser único, pensante e ocupante de um espaço só seu, tem dificuldade de sobreviver – aí a necessidade de tentar encontrar um espaço no coletivo.
Crenças, valores, o significado da existência, são sacrificados e o indivíduo se perde no coletivo. É o afastamento da alma, do encontro consigo mesmo.
Por isso, o autoconhecimento também tem a ver com a consciência sobre o meio em que vivemos.
Mas é necessário coragem para olhar para dentro de nós mesmos e encarar os ‘monstros’ que, talvez, tenhamos criado.
Vivemos numa sociedade em que buscamos encontros superficiais com outros e conosco mesmos.
São encontros que buscam o livramento do tédio diário, por isso o desespero de tantos, que no período de confinamento pela pandemia, sentiram-se terrivelmente sós, não tendo como liberar esse tédio. Esses encontros também servem para separar ou escolher, aquilo que nos incomoda ou que não nos incomoda.
Por isso mesmo:
- não conseguimos viver em solidão ou buscar momentos conosco mesmos;
- não conseguimos enfrentar a nós mesmos;
- ou, escutar o silêncio, pois esse item requer treinamento.
1.3 A Solidão como auxílio
A solidão não mostra o que produzimos, o que representamos, o que possuímos ou compramos, mas a nós mesmos, tão somente. Por isso a dificuldade que temos de encará-la.
Por exemplo, Cristo ficou quarenta dias no deserto a fim de compreender o que necessitava para a missão que viera desempenhar neste mundo.
A reclusão, portanto, pode ser uma alternativa poderosa de tempos em tempos, pois quando nos mantemos um pouco afastados, podemos enxergar melhor o que se passa ao redor e em nós mesmos.
Outro personagem que acabou se beneficiando da reclusão foi Moisés, o grande líder do Êxodo que ficou quarenta anos conduzindo ovelhas de um lado para o outro no deserto, sozinho, longe da civilização, isso o ajudou a entender quem era e qual o espaço deveria ocupar na sociedade de então.
Assim, somente depois desse tempo de reflexão, quando Moisés buscou esse autoconhecimento, foi que Deus o chamou para a missão de conduzir o povo israelita para fora do Egito.
Portanto, a solidão não precisa ser algo assustador, mas um reforço para a nossa saúde mental e relacional. Porque ao nos olharmos repetidas vezes nos damos conta de quem somos realmente. E para viver em tranquilidade, em paz, necessitamos de um encontro conosco mesmos.
Se você se interessou por esse tema, vai gostar de ler esse livro!
1.4 Saúde mental, física e espiritual
“Penso, logo existo.” – famosa frase de Renè Descartes que marcou a visão do movimento iluminista, colocando a razão em preeminência, parece ter evocado uma comoção do EU coletivo, onde o indivíduo tem necessidade de provar algo a “alguém” ou à sociedade, lutando por implantar ideias que outros terão que comprovar. Uma necessidade de ser reconhecido por uma sociedade mutiladora e sarcástica.
Não temos condições de conduzir ou mudar as coisas que acontecem ao nosso redor, na maioria das vezes, e isso influencia poderosamente nosso interior e a forma como agimos e muitas vezes como pensamos.
Quando não conseguimos fazer frente aos desafios externos adoecemos tanto no corpo quanto na mente, e ainda na alma.
Como indivíduos somos mente/corpo/alma e não podemos subtrair qualquer deles, portanto, no autoconhecimento temos que levar em conta o todo.
Assim, o nosso corpo precisa ser ouvido, pois ele reflete nossos sofrimentos e nosso bem-estar. (LINKS: Em nossos artigos: Família Saudável = Família Feliz; Saúde Mental de Nossa Família, você encontrará mais conteúdo sobre o assunto.)
“É o dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanidade, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos. Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos.” (White)
1.5 Relacionamento com outros
O autoconhecimento não tem a ver somente com o olhar para dentro de nós, ou conhecer nosso corpo e como ele reage às influências externas, mas também olhar ao nosso redor e fazer frente aos desafios que se apresentam.
Outra premissa importante é que quanto mais buscamos conhecer o comportamento alheio, tanto melhor compreenderemos a nós mesmos.
Cristo resumiu a Lei em dois tópicos:
1. Amar a Deus sobretudo;
2. Amar ao nosso próximo como a nós mesmos.
Vemos aí uma atuação em três frentes: amar a Deus, amar o próximo e amar a nós mesmos. A verdade está em que não amaremos outros se não conseguirmos amar a nós mesmos. E não amaremos a nós mesmos se não olharmos para dentro de nós e buscarmos conhecer quem somos. Portanto o amor de Deus por nós e em nós é que nos habilitará frente a outras realidades (mas esse é o assunto do artigo: Do autoconhecimento a Deus – que está aqui no Blog). LINK
Ao associarmos o conhecimento de Deus (Criador – de onde viemos), o conhecimento do/sobre o próximo (com quem vivemos) e o conhecimento de nós mesmos (quem somos) – nosso autoconhecimento se complementa. Isso se refletirá em nosso comportamento, na maneira como vemos o mundo e como atuamos nele.
E a questão é que a sociedade de hoje liquefaz o indivíduo para que ele se adapte aos seus conceitos, e isso faz com que ele seja incorporado ao todo e não permaneça como um ser único e pensante.
Conhecer tudo isso nos faz ver quem somos e como nos relacionar com o mundo a fim de não perdermos a nossa essência: “Vejam que grande amor o Pai nos tem concedido, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” 1João 3:1 NAA
Conclusão:
O autoconhecimento ou autognose é o conhecimento de si próprio.
E para isso necessitamos estar cientes daquilo que nos cerca, ou seja, do mundo ao nosso redor, e de como atuamos nesse mundo.
É importante que tenhamos um tempo conosco mesmos para reflexão e autoanálise, e a solidão – ou ouvir o silêncio da nossa alma – é algo que não podemos deixar de lado.
Não podemos omitir também, o fato de que somos mente/corpo/alma e que precisamos compreender o que envolve esses três pilares da nossa constituição para vivermos bem com o mundo ao redor e conosco mesmos.
Muitas vezes, momentos de reclusão são importantes para a nossa saúde mental, espiritual e física, para então voltarmos à civilização e conseguirmos fazer frente aos desafios que a sociedade coloca diante de nós.
Quer conhecer um pouco mais da história de Moisés e de como sua vida no deserto o ajudou em seus momentos de busca de quem ele era e de como encontrou as respostas que necessitava em sua autognose, clique aqui!
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BIBLIOGRAFIA
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- ALVES, GILMARA. Autoconhecimento na psicologia analítica; 2022 – https://blog.ijep.com.br/autoconhecimento-na-psicologia-analitica/
- MARTINS, E.F.P.; DANTAS, M.L.Q.; PINHEIRO, F.L. Autoconhecimento e Auto-estima. Id on Line Revista de Psicologia, Novembro de 2011, vol.1, no.15, p.37-47. ISSN 1981-1189. https://www.researchgate.net/publication/272362156_Autoconhecimento_e_autoestima
- SILVA, JACQUELINE SANTOS DA. Autoconhecimento como técnica psicoterapêutica para a mudança comportamental; Monografia; Centro Universitario de Brasilia – UNICEUB Faculdade de Ciencias da Saude – FACS Curso de Psicologia https://www.passeidireto.com/arquivo/99396834/autoconhecimento-como-tecnica-psicoterapeutica-para-a-mudanca-comportamental
- WHITE, ELLEN G. A Ciência do Bom Viver; Casa Publicadora Brasileira, 10ª ed, 2009. http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/A%20Ci%C3%AAncia%20do%20Bom%20Viver%20(condensado).pdf
- Dicionário Online Priberam (https://dicionario.priberam.org/)