O DESAFIO DE MANTER O AMOR VIVO NUM MUNDO CADA VEZ MAIS CRUEL
A frase de Jesus nos convida a uma reflexão profunda sobre o estado do mundo e o desafio de manter o amor vivo num mundo cada vez mais cruel, e o papel que cada um de nós pode desempenhar na construção de um futuro mais amoroso e esperançoso. Através da prática da compaixão, da empatia e da justiça, podemos combater a maldade e cultivar o amor vivo em nossos corações e em nossas relações.
Introdução:
Há poucos dias Maria estava diante do fogão preparando mais uma refeição para a família; Humberto estacionou o carro no lugar costumeiro e se dirigiu à empresa onde trabalhava; Juarez abria sua oficina mecânica para mais um dia de trabalho; Cíntia deixava suas filhas na escola para então ir ao trabalho; Paulo entregava o pão recém tirado dos fornos aos seus clientes na padaria; Cristóvão, em sua propriedade rural, tirava leite das vacas e depois as soltava no pasto…
Hoje, Maria não tem mais fogão e nem a casa. A empresa de Humberto está debaixo da água. Juarez nem consegue chegar até a sua oficina e imagina os carros dos clientes que estão encharcados. Cíntia, hoje, não está deixando as filhas na escola, mas ela e toda a família estão na escola que é o único abrigo que lhes restou. A padaria de Paulo não está servindo pães, porque está inundada, e a propriedade de Cristóvão foi invadida pelas águas do rio furioso. (Os nomes e situações são ilustrativos.)
Essa é a situação de muitos moradores do estado ao sul de nosso país.
Perderam casa, pertences, propriedade, alguns perderam queridos e outros perderam a vida.
Em pouco tempo as águas inundaram cidades, estradas, ruas e moradias deixando as pessoas vulneráveis e amedrontadas.
Os produtos de uma sociedade:
Nesses momentos surgem alguns tipos de pessoas:
- as que se desprendem dos seus afazeres e ‘arregaçam as mangas’ dando tudo de si para ajudar, arriscando, às vezes, até a própria vida, mostrando um amor vivo;
- as que não podem estar presente, mas ajudam com seus recursos;
- as que usam sua fé para animar e interceder;
- as que usam seus talentos profissionais para ajudar;
- as que se aproveitam da situação para fazer saques em lugares que estão vulneráveis;
- as que se aproveitam do coração bondoso de alguns e criam projetos de doação e embolsam os valores;
- as que riem da situação dos menos favorecidos usando rixas políticas;
- as que não se importam porque não é com eles;
- as que usam as mídias sociais para se promover;
- as que só sabem criticar àqueles que estão no ‘front’;
- as que podiam estender a mão, mas resolvem se vingar …
Enfim, em que mundo estamos? Onde está o amor vivo?
Quando Jesus esteve na terra há mais de dois mil anos Ele disse: “A maldade vai se espalhar tanto, que o amor de muitos se esfriará.” (Mateus 24:12 NTLH)
Esse é o resultado de milênios de ignorância, indiferença e arrogância de uma humanidade que pensa mais em si mesma que no próximo.
Pessoas que só pensam em ter mais que os outros, por isso repartir não está em seu ‘portfólio’.
Pessoas que, para crescerem em algum âmbito da vida, não se importam em empurrar outras fazendo-as cair para passar na frente. “É a lei do mercado” – dizem.
Outras que quanto mais tem, mais querem, mais gastam consigo mesmas e se esquecem do próximo necessitado. “Eu trabalhei para isso” – dizem.
E ainda aquelas que se importam tanto com o poder que são capazes das mais terríveis crueldades para tê-lo.
Vivemos em tempos em que de um lado se vê uma mansão, de outro favelas.
Em um lado há mesa farta, de outro, nem uma migalha para colocar na boca.
De um lado pessoas que não sabem onde colocar seu dinheiro, no outro, pessoas que nem têm dinheiro para colocar em algum lugar.
Um mundo desigual marcado por desinteresse de muitas partes, onde cada vez mais o meu é o que importa e o outro não entra no interesse pessoal e até coletivo.
Esperança – o amor vivo:
Mas ainda há seres humanos que olham para o lado e veem que existe um próximo, que existe alguém que precisa de sua ajuda, e estende a mão. Oferece o que tem, oferece a si mesmo, oferece interesse, oferece amor.
Ainda há pessoas que por mais que não professem crer no Cristo, vivem como Ele viveu, doam-se como Ele se doou, amam como Ele amou. São cristãos no verdadeiro sentido da palavra e vivem – não para si mesmos, mas para ver um mundo melhor. Talvez não se considerem cristãos, porque alguns que se se chamam assim, não vivem como o Cristo viveu.
Graças a Deus que ainda há pessoas com um coração tão grande que são capazes de colocar nele toda a humanidade!
Que ainda há pessoas que amam com toda a força do coração e acreditam que o mundo pode ser melhor se elas forem melhores, que não se cansam de fazer o bem, porque acreditam que essa é a forma de viver, que doam de si mesmas para que onde estão possa existir algo melhor!
Que ainda existem seres humanos preocupados com o humano!
Em I Coríntios 13:13 (NAA) diz assim: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior deles é o amor.”
Sim, nada é mais nobre, mais profundo, mais consistente, mais promissor, mais desejável, mais completo que o verdadeiro amor.
E é desse amor que tanto precisamos!
Onde encontrá-lo?
Na Fonte.
“Porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.” (I João 4:7 NAA) Portanto, se alguém ama de verdade, tem o amor de Deus no coração!
Há muitos que não querem saber de Deus, por isso não conseguem amar.
Falo de um amor genuíno, de um amor vivo, o amor que vê o outro, se interessa pelo outro, estende a mão sempre que necessário, se doa, e não espera nada em troca. Faz porque sente seu dever fazer, dá porque sente seu dever dar, ama porque sente que deve amar.
Sentimentos assim é que ainda sustentam esse mundo, que ainda fazem dele um lugar melhor, que ainda movem as coisas boas e que ainda dão esperança.
São esses seres humanos que arriscam a vida, que dão até o pouco que têm, que não se importam em ‘molhar’ o pé ou o corpo nas ‘águas sujas da vida’ para salvar o próximo que está se afogando nas indiferenças, no desinteresse, na podridão dos conceitos vagos e promíscuos de uma sociedade decadente.
Onde você se encaixa nisso tudo? Onde eu me encaixo nisso tudo?
Será que não deveríamos pensar mais sobre isso?
Um abraço
Ivanise
P.S.: Gostaria muito de saber o que você pensa sobre isso! Deixe um comentário seu, por favor!