Para Pensar,  Relacionamento com Deus,  Relacionamento com outros

VENÇA SUAS BATALHAS PESSOAIS E CONQUISTE UMA VIDA DE SUCESSO E FELICIDADE

O MAIOR GIGANTE A ENFRENTAR – as batalhas pessoais com o EU

Veja o que você encontrará aqui:

  • Uma breve introdução
  • Quando o Eu se torna o meu inimigo
  • Os medos
  • Os traumas
  • As fantasias
  • As derrotas da vida
  • As pessoas que nos prejudicam
  • Enfrentar o mundo
  • Deus presente nessa luta: oferecimento de auxílio
  • Conclusão: crescendo com as derrotas e vitórias

Uma breve introdução

No relato bíblico encontramos a história da batalha de um jovenzinho com um gigante.

É uma história muito conhecida e apreciada pelas crianças, pois o jovenzinho venceu o gigante e isso é um final feliz, e todos gostamos de uma história com um final feliz. Afinal, já bastam as derrotas da vida diária!

Há muita coisa que podemos trabalhar nessa história, mas gostaria de me demorar no gigante e no jovem, que, aliás, se chamava Davi e, que mais tarde, se tornou o rei do seu povo – os judeus.

A idade para alistamento militar em Israel era, normalmente, aos vinte anos (II Crônicas 25:5). Portanto, o jovem Davi tinha menos que isso, pois não fora convocado para o serviço militar como seus irmãos.

O seu encontro com o gigante se deu por conta da ‘casualidade’, pois Davi havia ido encontrar seus irmãos por ordem do pai que o mandara com suprimentos para eles.

A forma como o grande homem do lado inimigo (Golias era seu nome) se comportava diante do exército de seu povo, criou uma indignação no rapaz: “Como aquele homem podia afrontar seu povo e, por tabela, o seu Deus?”

Resumindo a história: o rapaz com uma funda e um tiro certeiro, e depois com a espada do próprio gigante, o derrotou.

Acredito ser essa história uma boa introdução para o assunto dessa postagem.

Quando o Eu se torna o meu inimigo

O EU como maior inimigo nas batalhas pessoais

Muitas vezes, o maior gigante a enfrentar em nossa vida, é o nosso EU.

Ele boicota nossos planos, ele nos faz fugir de responsabilidades, nos acovarda diante dos problemas, nos torna pequenos diante dos desafios, das nossas batalhas pessoais, nos assusta frente ao futuro e nos diminui tremendamente face às nossas derrotas.

E era exatamente assim que se sentia o exército de Israel – derrotado diante do inimigo.

Ao longo da vida vamos colecionando momentos que, dependendo da forma como os olhamos ou enfrentamos, vão formando nossa personalidade, nossa maneira de ser e estar no mundo. E é essa bagagem que se apresentará nos momentos de necessidades ou desespero diante das situações, o que nos fará vencedores ou perdedores.

“A dor, a desilusão, a tristeza nos colocam em prisões que parecem ter ferrolhos tão resistentes incapazes de serem rompidos. Colocamos as mãos nos ferros que nos prendem e ficamos inertes esperando a nossa sorte. À nossa volta podemos ver somente uma escuridão tão densa que nos torna incapazes de ver além. Porém, se permanecemos nas trevas, duas coisas podem acontecer: nos acostumarmos a elas ou desejarmos ardentemente a luz.” (Ivanise H.P. – No Deserto da Vida)

Propaganda do livro No Deserto da Vida, que fala em como vencer as batalhas pessoais

Os medos

Pessoa escondida em baixo de almofadas com medo

O medo é um desses itens presos à nossa bagagem de vida.

O medo em si não é ruim, pois ele serve para nos afastar de possíveis problemas nos colocando em alerta aos perigos que temos à nossa frente, e isso é uma defesa do corpo e da mente.

O problema é quando ele se torna o gerenciador de nossas emoções prendendo-nos às circunstâncias e não nos deixando avançar em nossa jornada.

Muitos ficam presos a sentimentos lá da infância não conseguindo um gerenciamento adequado das emoções na vida adulta. Isso se mostra quando uma situação semelhante à que ocasionou o medo na infância, aparece, e a pessoa paralisa não conseguindo reagir diante do problema, da situação ou da dificuldade.

Outras vezes esses sentimentos vão além daquilo que ficou preso em nossa mente e configuram nossa personalidade tornando-nos tímidos e temerosos diante da vida, fazendo com que fiquemos fracos e medrosos para enfrentar nossas batalhas pessoais.

Os traumas

Imagem representativa dos traumas que nos destroem

Essas são feridas que se formam em nossa alma e não cicatrizam, atormentando-nos com a dor por muito tempo e muitas vezes pela vida toda.

Muitas dessas circunstâncias dolorosas foram formadas por situações externas e que, muitas vezes, estavam fora do nosso alcance contorná-las.

Outras, foram fruto da nossa sensibilidade face ao problema.

E outras foram causadas por pessoas muito próximas a nós em quem confiávamos ou amávamos.

Seja como foram formadas – essas feridas – elas se tornam um gigante assustador e medonho, capaz de abrasar nossa alma e destruir nossas emoções.

Desfazer essas feridas leva tempo e dão muito trabalho, do qual, não podemos fugir para sempre se quisermos ter paz e tranquilidade em nossa vida.

Para muitas dessas feridas necessitaremos de alguém para nos ajudar a curá-las, outras vezes, longos e persistentes momentos com nosso EU nos ajudarão a enfrentar nossos traumas e resolvê-los. Porém, é um trabalho árduo e difícil que necessitamos encarar se quisermos ter cura e paz. Temos um outro artigo que te ajudará nesse exercício de reconhecer nossas batalhas pessoais: Como desenvolver o autoconhecimento.

As fantasias

Imagem de uma mulher presa por correntes a um castelo imaginário, ilustrando o téopico 'fantasias'.

Essas são frutos da imaginação e que também podem atrapalhar muitíssimo, pois acabam gerenciando as emoções e a maneira de viver.

As fantasias se formam como um modo de escape da realidade frente a problemas que surgem e não conseguimos solucionar.

E um dos sintomas da fantasia, que gerencia as emoções e a vida, é a mentira.

A princípio são pequenas – as mentiras – mas à medida que o indivíduo se desenvolve, ele passa a acreditar nas suas próprias fantasias como se fossem realidade para ele. Nesse caso, a busca de um profissional para ajudar é muito importante, porque esse tipo de comportamento impede um desenvolvimento emocional adequado e uma adaptação saudável ao mundo real.

As fantasias impedem o indivíduo de crescer e amadurecer e dificultam seu relacionamento com outros a sua volta.

Ele não consegue ver o mundo como a maioria vê e busca refúgios em sua mente quando se defronta com problemas e batalhas pessoais que lhe parecem difíceis de resolver.

Esse tipo de solução mental impede o indivíduo de desenvolver habilidades satisfatórias diante da vida e dificulta relacionamentos. Ele acaba se fechando dentro de si mesmo, tornando o caminho de acesso muito difícil.

As derrotas da vida

Idoso derrotado pelas batalhas da vida

Cada ser humano enfrenta as batalhas pessoais da vida de uma maneira diferente dependendo da bagagem que carrega em sua “mochila emocional”.

As dificuldades surgidas ao longo da vida, desde a infância, e a maneira como são solucionadas, ditarão, quase sempre, a formação do nosso EU.

Sucessivas derrotas poderão passar a informação para o cérebro de que o indivíduo é incapaz de resolver problemas, o que acabará formando uma personalidade sensível e vacilante.

Os problemas se tornam monstros invencíveis e o indivíduo não consegue avançar com segurança e de maneira saudável em sua formação, retraindo-se do convívio social e desviando-se dos desafios.

Esse é um gigante igualmente difícil de vencer para muitos.

E convenhamos: é muito difícil mesmo encarar uma vida com tantas derrotas!

Mas é muito importante que o indivíduo aprenda a educar sua mente por caminhos que o levem a acreditar em si mesmo e sabote os pensamentos de derrota.

“Chorou até não ter mais lágrimas. A noite já ia alta. O que ouvia era apenas o roncar dos porcos e o barulho dos grilos. Uma coruja piava à distância. Olhou para o céu. As estrelas cintilavam calmamente, como nos bons tempos. A noite vinha e ia, dando espaço ao dia, todas as manhãs. Tudo permanecia como sempre, seguindo seu curso normal. Sim, o Deus que criou o céu e a terra, cuidava para que tudo estivesse bem. Aquele pensamento lhe trouxe uma doce sensação de paz e de que não estava só. Sentiu que havia esperança para ele. O sangue da ovelha não queria ensinar-lhe sobre isso? Deus poderia limpá-lo, poderia dar-lhe a

salvação. Lembrou-se do Salmo do Pastor. Sentiu vontade de cantá-lo, mas sua voz não saía. Recitou-o: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em pastos verdes e guia-me mansamente às águas tranquilas. Refrigera a minha alma. … Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte não temerei mal algum, a tua vara e o teu cajado me consolam.” O Grande Pastor poderia ampará-lo. Não precisaria viver assim. Pensou em seu lar. … Mas será que sua família o receberia? … Precisava tentar.” (Ivanise H.P. – Longe do Pai)

É um treinamento intenso e exaustivo, mas que é necessário para se alcançar um sucesso mental, a fim de não ser sabotado pela própria mente e vencer nossas batalhas pessoais.

Propaganda do livro Longe do Pai que fala das batalhas pessoais de dois jovens. Baseado na parábola do Filho Pródigo.

As pessoas que nos prejudicam

Esse, talvez, seja o campo mais minado de todos!

O nascer já implica em necessitar de ajuda, pois ao virmos ao mundo não temos condição de desempenharmos funções básicas para sobreviver. Portanto, temos que confiar em alguém.

E, normalmente, o primeiro apego da criança é com a mãe. É ela que deveria alimentar o pequeno, dar-lhe segurança e conforto.

Dessa primeira relação nascem os primeiros acentos de formação da personalidade de cada um de nós. Por isso, a relação mãe/bebê é muito importante!

E quando essa relação é saudável, a criança se desenvolve satisfatoriamente, emocionalmente falando.

No entanto, na primeira infância, a mãe não é a única referência da criança – o pai também desenvolve um papel muito importante na formação do pequeno, até para ajudar a mamãe e bebê em um envolvimento saudável, pois a ‘interferência’ dele na relação dos dois quebra um padrão de identificação inseparável que possa se desenvolver entre ambos e que poderá prejudicar a formação do bebê.

A relação saudável entre o bebê e seus pais lhe trará segurança e confiança para enfrentar o mundo, o contrário, porém, formará uma criança insegura e medrosa, ou ainda, uma criança hostil e indiferente.

Nessa fase podem ainda entrar os cuidadores que também exercem uma influência muito grande na criança e que passam um tempo significativo com elas, muitas vezes muito maior que os pais.

Nas próximas fases do desenvolvimento da criança (não vamos entrar em cada uma) ela estará em contato com uma infinidade de pessoas e a maneira como ela desenvolveu-se até ali, ditará suas reações face aos relacionamentos futuros e suas batalhas pessoais.

As crianças inseguras e medrosas serão presas fáceis de manipuladores, já as hostis e indiferentes serão elas as que manipularão.

Lógico, que aqui estamos sendo bastante amplos, dando apenas uma visão geral para entendermos a questão dos ‘gigantes’ a vencer na vida.

O fato é que, a maneira como as pessoas interagem conosco em nossos primeiros anos, mostrará o tipo de adultos que seremos.

Como é importante o amor, o carinho, o interesse pelos nossos pequenos, para passar-lhes a segurança que necessitam para enfrentar a vida!

Enfrentar o mundo

Imagem de um homem vencendo suas batalhas pessoais empurrando uma pedra morro acima

Para alguns, esse enfrentamento é um desafio normal, mas para outros é algo extremamente difícil e doloroso.

Esse desafio os acompanha desde pequenos, e muitas das diversas dificuldades enfrentadas é que criaram esses gigantes que parecem assustadores.

No entanto, é necessário desenvolver meios para enfrentá-los e vencê-los.

Por mais que essa tarefa seja difícil e assustadora é possível criar mecanismos de gerenciamento do EU, a fim de formar uma personalidade capaz de enfrentar os desafios e batalhas pessoais de maneira eficiente.

O psiquiatra Augusto Jorge Cury, em seu livro “O Código da Inteligência” menciona que para sermos gestores inteligentes e eficientes da nossa mente, precisamos:

  • Ter consciência da existência do EU.
  • Treinar esse Eu para que ele saiba administrar os pensamentos, ideias, imagens mentais e fantasias.
  • Ter consciência de que não só a qualidade dos pensamentos, mas a quantidade deles podem comprometer a saúde psíquica.
  • O pensamento acelerado (SPA) bloqueia funções vitais do intelecto nos impedindo de decifrar os códigos que vão gerenciar o nosso EU.
  • É necessário questionar as falsas crenças (‘não conseguirei vencer meus gigantes’), os dogmas doentios (‘nasci assim e serei sempre assim’) e as verdades absolutas (‘sou um derrotado’).
  • Criticar as ideias pessimistas para poder reciclá-las.
  • Estimular o Eu para agir e assumir o papel de gestor.
  • Abrir ‘janelas’ saudáveis em nossa mente a fim de criar soluções para enfrentar as angústias, os medos, as fantasias, as inseguranças etc.
  • Reeditar a maneira de como o subconsciente deve agir.
  • Filtrar os estímulos estressantes.

Voltemos ao jovem Davi da história do início:

  • ele entendeu que seu povo corria perigo de ser escravizado pelos inimigos, isso impactaria a vida de muitas pessoas, inclusive de sua família, portanto era necessário fazer algo para que isso não acontecesse, e ele entendeu que poderia fazer algo;
  • buscou informações a respeito do inimigo que os desafiava (leia o relato completo na Bíblia em I Samuel 17) e imaginou como poderia enfrentá-lo;
  • sabia que se pensasse como os soldados ficaria com medo também, por isso desenvolveu estratégias mentais de enfrentamento;
  • não deixou que o estresse ditasse sua reação, mas pensou com calma e estabeleceu diretrizes para o seu pensamento;
  • criticou as falsas crenças de que o inimigo era invencível e afastou a possibilidade do medo, abrindo ‘janelas’ saudáveis em sua mente, estimulando seu EU a enfrentar a realidade com ações precisas e eficientes.

Ele só conseguiu a vitória sobre o gigante porque havia aprendido a gerenciar o seu EU e o como ele o fizera?

Deus presente nessa luta

Cristo como nossa força nas batalhas pessoais

O segredo está no relato do próprio rapaz: “O Senhor que me salvou das garras do leão e do urso me salvará das mãos desse filisteu.” (I Samuel 17:37)

Ele havia aprendido a confiar num Poder Maior que o ajudara a enfrentar batalhas anteriores e quando estava diante do gigante suas palavras foram: “Você vem a mim com uma espada, uma lança e um escudo, mas eu venho contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel…” (I Samuel 17:45)

O fato de ter aprendido a gerenciar seu EU e confiar na força do seu Deus, fez com que o rapaz enfrentasse a situação sem o estresse que acelera o pensamento e nos deixa cegos para as medidas de enfrentamento dos problemas. Ele pode sondar suas possibilidades, perceber as fraquezas do inimigo e a melhor forma de derrubá-lo. Se houvesse deixado que o medo o aterrorizasse, não teria percebido tudo isso e possivelmente o gigante o teria vencido.

O gigante, porém, subestimou o seu inimigo e foi vencido por alguém que parecia mais fraco que ele.

Deus está disposto a enfrentar conosco os nossos gigantes, nossas batalhas pessoais e, nos oferece Sua ajuda para isso, mas somos nós que decidimos se aceitamos ou não, o Seu oferecimento.

“Seu interesse pelos pormenores da vida dos seres humanos mostra o desejo de Deus de proximidade e profundidade de relacionamento conosco. Seus olhos estão atentos às necessidades humanas sejam elas quais forem. Ele não é um Deus distante ou desinteressado em nossos negócios e afazeres, ou problemas, mas está interessado em ser participante de nossas aflições, de nossas negociações, das nossas ocupações, da educação dos filhos, das relações do casal, das descobertas em sala de aula, das brincadeiras das crianças, enfim de cada pormenor em nosso dia a dia.” (Ivanise H. P. – A Loucura de Deus)

Propaganda do livro A 'Loucura' de Deus que fala da forma com Cristo nos conduz a vencer batalhas pessoais.

Conclusão

As experiências da vida são uma promissora escola para o nosso aprendizado e a forma como nós as encaramos nos farão vencedores ou perdedores.

Aprender a gerenciar nossas emoções educando o nosso Eu para gerenciá-las ao invés de deixá-las dominar as situações de estresse, nos dará vantagem sobre os gigantes que se apresentarem diante de nós.

Os problemas e as dificuldades e tantos outros gigantes que podem nos assustar, com certeza continuarão a aparecer diante de nós, mas não precisamos enfrentá-los sozinhos.

Deus nos oferece a Sua ajuda. Ele nos conhece melhor que qualquer outro ser e nos capacitará para as vitórias no enfrentamento de nossas batalhas pessoais, mas se, porventura, cairmos ou formos derrotados em alguma luta porque esquecemos dos passos que vimos anteriormente, podemos nos levantar, sacudir a poeira, avaliar nosso campo de batalha novamente, preparar as armas adequadas, pensar com calma, agir com sabedoria e então, com a ajuda do nosso Criador, partir para a luta e para a vitória que será certa!

Você poderá falar como Davi falou: “E todos aqui verão que Ele não precisa de espadas ou de lanças para salvar seu povo. Ele é vitorioso na batalha e entregará vocês (nossos inimigos) nas nossas mãos.” (I Samuel 17:47)

Pode ter certeza de que você se tornará mais forte e pronto para uma nova fase em sua vida!

Um abraço.

Ivanise

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