O PAPEL DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS: O QUE É MAIS IMPORTANTE?
O tempo voa e quando menos percebemos nossos filhos já estão adultos, vivendo a vida deles, lutando as suas lutas.
E isso me faz pensar: o que realmente passamos a eles, como pais? Será que as bases que oferecemos foram sólidas o suficiente? Deram para eles segurança para o caminho que escolheram percorrer?
Educar é algo complexo. Começamos essa jornada, muitas vezes, sem ter todas as coisas definidas em nossa vida e ainda buscando os nossos caminhos, nossos horizontes.
Mas é assim mesmo, ninguém começa com tudo pronto! Temos que lutar para vencer as batalhas, para alcançar os objetivos e as metas. E ainda mostrar os caminhos a serzinhos que passam a ser uma responsabilidade tão grande em nossa vida! Uma responsabilidade que escolhemos seja por planejamento, seja por inconsequência.
E é aí que está a questão: uma responsabilidade deve ser uma opção consciente.
Por isso, nossa bagagem deve ser revista, pois certamente, eles a carregarão também.
Nossos princípios, nossos conceitos, nossa forma de ver a vida, a moral que permeia nossos pensamentos, a fé, etc. Tudo isso é bagagem de vida que recebemos de nossos antepassados, adquirimos por experiência ou por estudo, ou ainda por vivência. E passaremos adiante.
Não podemos conceber a ideia de que isso não afetará nossos filhos, ao contrário, eles somarão com aquilo que a própria vida vai lhes dar também.
Devemos entender primeiro o que permeia nossa maneira de pensar e viver, para então semear na mente e vida de outros aquilo que sou e tenho.
Conceitos de uma época
Não há como apagar totalmente os efeitos de uma cultura ou de uma época em nossa vida, pois vivemos nesse contexto e de uma forma ou outra seremos influenciados, no entanto, podemos ativar filtros que nos ajudarão a perceber melhor o que se passa ao nosso redor, as mensagens que chegam, as doutrinações a que estamos expostos.
Esses filtros são extremamente importantes e eles vêm de princípios herdados, da moral adquirida, da fé que temos. Podemos avaliar tudo isso e ativar o que nos dará proteção de tantas teorias e supostas verdades que nos cercam.
Nunca houve tantos levantando bandeiras por causas diversas como em nosso século!
São tantas as dificuldades, tantos que se sentem injustiçados, tantas as injustiças! E a tendência é que tudo isso escale mais, por isso temos que entender quais são os parâmetros dessas causas, quais os reais interesses envolvidos, e não simplesmente abraçar algo que pouco sei a respeito só porque alguém famoso se aliou a ela, ou a mídia faz barulho a respeito.
O ser humano se parece com uma mesa de bilhar com as bolas girando pela mesa de cá pra lá! Alguém fala alguma coisa e ele se volta para este, mas quando outro argumenta de outra forma que parece mais interessante, corre para aquele, e assim, como uma bola de bilhar, vai para o lado que alguém o ‘mandar’.
Isso não é triste?
E assim gerações cada vez mais fracas e manipuláveis surgem, fortalecendo o conceito da mesa de bilhar.
E é isso que passamos para os nossos filhos: defensores de causas que nem ao menos conhecemos direito; lutadores que dão socos no ar, sem um alvo definido; pessoas sem um conceito próprio, que se deixam levar pela mídia ou por pensadores midiáticos.
E gerações mais e mais fracas se levantam: sem alvos, sem uma causa inteligível – cabeças que pensam com a mente de outros.
Se não mudarmos os nossos parâmetros, continuaremos sendo uma influência fraca e negativa aos nossos filhos e, por um paradoxo de palavras, fortalecendo gerações sem identidade própria.
Leões ou Gnus?
Os gnus são animais pacíficos que vivem em bandos numerosos e convivem harmoniosamente com zebras e antílopes nos pastos das savanas. No entanto, por se assustarem facilmente se tornam um alvo fácil, pois se apavoram e saem em corrida, tornando-se presas fáceis para os leões, hienas, leopardos, guepardos, chitas, etc. A sua única defesa é o coice poderoso que pode ser fatal, e isso amedronta seus predadores que buscam os mais frágeis da manada para o banquete.
Os leões são predadores poderosos e assustadores. Seu rugido assusta os mais fracos e os coloca em alerta, no entanto o perigo não está no rugido, mas na maneira sorrateira e silenciosa com que se aproxima de suas vítimas. Ele fica à espreita por entre a vegetação, estudando a manada e verificando possíveis alvos. E quando está seguro do que pode conseguir ataca repentinamente, assustando a manada que se põe a correr, deixando para trás os mais fracos e impotentes, que se tornam um alvo fácil.
Em nossa sociedade podemos também encontrar ‘leões’ e ‘gnus’.
Os ‘leões’ – desenvolvedores de pensamentos – espreitam por entre a ‘vegetação’ estudando o terreno e a ‘manada’, buscando seus alvos mais fáceis – os que se distraem com as coisas do cotidiano e não estão alertas, conhecendo o meio em que vivem e os pensamentos que circulam. E quando estão fartos, deixam a caça para outros se aproveitarem do restante da carcaça.
Quando não estamos preparados devidamente, somos como os gnus, presas fáceis de tantos conceitos e ideias, e o pior é que também deixamos nossos filhos expostos aos perigos.
Nem ‘leões’ nem ‘gnus’! Não precisamos estar no topo e nem na base da ‘cadeia alimentar’.
Podemos ser pessoas informadas e atentas, protegendo-nos das ciladas dos predadores de pensamentos e ensinar, também, a nossos filhos a estarem alertas e não se deixarem levar por pessoas interessadas em levantar bandeiras sociais tão somente, buscando inúmeros seguidores despreparados para o seu lado e engrossando suas fileiras.
Podemos ensinar nossos filhos a pensar e fazer escolhas coerentes ao longo de sua jornada de aprendizagem, o que poderá ser uma das únicas maneiras deles se protegerem.
O conselho bíblico para nós é: “Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele dará porque é generoso e dá com bondade a todos.” Tiago 1:5 NTLH
A Palavra de Deus é uma fonte de instrução e ajuda aos pais que estiverem dispostos a uma jornada mais segura em educar seus filhos e prepará-los para um mundo cada vez mais predador.
Isso tudo faz sentido pra você?
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